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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Abominável

EMPREGADOR DE TRABALHO ESCRAVO É BRANCO E TEM ENSINO SUPERIOR



Está no site do Estadão de 25.10.2011 que um  estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulgado nesta terça-feira, 25, mostra que os empregados resgatados à escravidão e os recrutadores de mão de obra - os chamados gatos, têm perfis muito semelhantes em relação à cor da  pele, região de nascimento, composição familiar e escolaridade. São negros ou pardos, nasceram no Nordeste e possuem baixa escolaridade. Características bem diferentes dos empregadores, compostos, em sua  maioria, por brancos, originários do Sudeste e com ensino superior completo.

Dos  12 empregadores entrevistados, oito se declararam brancos e dois amarelos (orientais), sete são da Região Sudeste e nove têm ensino superior. Resumidamente, pode-se concluir que as características dos empregadores entrevistados guardam uma estreita relação com os traços gerais das elites e grupos dominantes  no Brasil, conclui a OIT.

A OIT desaca também a baixa qualificação dos trabalhadores: 85% nunca fizeram nenhum tipo de curso profissional. Encontram  os trabalhadores no trabalho rural temporário a única possibilidade de obter algum rendimento monetário que permita sustentar a família e a eles próprios, afirma o relatório.

O trabalho dos gatos, recrutadores de mão de obra escrava, se desenvolve basicamente na informalidade  e de maneira precária, sem respeito à legislação trabalhista. Os empregadores recorrem aos serviços dos empreiteiros com o objetivo de diminuir os custos efetivos de produção e evitar o gerenciamento direto dos trabalhadores e o ônus das responsabilidades trabalhistas, destaca o documento.


É a vergonha das vergonhas. A elite, a que tem o dim dim, a que recebe muito pela produção, evita o contato com seus empregados, terceiriza a contratação e relaxa e goza, sabendo e consentindo, na ânsia de economizar, que aqueles que produzem os seus lucros serão reduzidos à condição de escravos, sem os mínimos direitos trabalhistas que possam conceder um mínimo de dignidade  aos próprios trabalhadores e suas famílias.

Abominável.

Valeu!

Abraço!

Rony Lins

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