Informa o Jornal Valor Econômico, de 23.8.2011, que o Brasil reluta em reconhecer o governo provisório que se instalou na Líbia e é chamado como Conselho Nacional de Transição. O Itamaraty soltou comunicado dizendo que o governo brasileiro não tem pressa nesse episódio, e que enquanto não houver manifestação formal da Liga Árabe e da União Africana e garantias de que há na Líbia uma coalizão capaz de governar o país, o governo brasileiro permanecerá mudo, ainda que não desconheça que o Conselho Nacional de Transição está assumindo o poder com a derrubada do ditador Muamar Gadafi.
É, apesar dessa cautela toda da diplomacia brasileira, parece certo que o andar da carruagem pelas estradas da Líbia já tem rumo certo, e que o caminho é mesmo sem volta. Gadafi abandonou o navio, se jogou pela amurada afora, e não se sabe bem, pelo visto , em que águas foi parar com seu bote salva-vidas. O problema é saber se existe terrra à vista para o ex todo poderoso dono da Líbia, que anuncia pelo rádio ser o seu recuo mera tática, meio Sun Tzu, inadiável no momento, apenas um truque pra enganar o adversário, que já abriu sua geladeira e tomou banho na sua piscina. Sei não, Gadafi, sei não. Acho que nem Sun Tzu, o grande mestre chinês da engenharia das grandes batalhas, recuaria tanto assim. Quem muito abaixa, a gente sabe.... Às vezes não levanta nunca mais.
Abraço
Rony Lins
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