Foto:Divulgação
E o esporte sempre tem espaço no Blog. São oportunas as palavras de Alexandre Kalil, prefeito de BH e ex- presidente do Atlético-MG ao mesmo jornal O Globo:
"Mais um dia foi embora, ganhamos mais um dia. É questão de tempo. Todos nós mudamos, pena que eu acho que o mundo não ficou melhor. Enquanto estão enterrando, comprando material - como vi em São Paulo -, saco plástico para botar corpo no frigorífico, estão falando em política, falando em futebol.
Com 61 anos, não tenho idade para acostumar com mais nada. Eu não posso acostumar com isso.Temos sete mil problemas a menos de emprego, porque morreram. Se abrir tudo, nós não teremos nem desemprego. Vai morrer todo mundo."
Tais palavras vieram à tona a propósito do abre não abre, do retoma não retoma, do joga sem ninguém assistindo, só o silêncio fúnebre testemunhando os gols, ninguém reclamando de juiz nenhum, cimento e pedra assistindo aos jogos de camarote.
Foi sobre isso que o prefeito de BH falou. Alguns dirigentes querem recomeçar os torneios enquanto a pandemia não arrefece e, pelo contrário, parece robusta aqui no País.
Pensar em futebol numa hora como essa, como é que pode? Qual é o tesão num campeonato transcorrendo sem torcida fungando no cangote dos goleiros?Tudo bem, o mercado de trabalho com seus salários em atraso recomenda que a bola volte a rolar.
Os profissionais da saúde rezam uma cartilha oposta, e como torcedores, também, esperam que seus craques não se exponham dessa maneira, justamente para que um dia possam voltar a dividir uma jogada com a faca nos dentes, e a torcida vibrando, urrando amontoada no alambrado ao lado do campo.
Valeu!
Rony Lins
Rony Lins
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