O rei está nu...

Esse mundo não tem jeito mesmo. A imprensa de todos os continentes traz à tona, entre atordoada e revoltada, a viagem do  rei Juan Carlos I, da Espanha, ao continente africano, onde foi, só pra passar o tempo, caçar elefantes e búfalos.

As fotos rodam o mundo e o rei aparece de espingarda em punho, ao lado de dois búfalos abatidos. A exibição de tal tipo de troféu não confere aplausos a ninguém, muito pelo contrário, só  reforça a sensação de insensatez qeu vem se abatendo sobre a Casa Real Espanhola, já espicaçada por um inquérito criminal a que responde um genro do Rei, por desvio de dinheiro público.

Agora, é de estarrecer pinguim em dia de frio. A Espanha numa dureza total, o desemprego batendo 50%, a economia estagnada, a construçâo civil travada, a dívida gigantesca, e o Rei vai passear na África, só pra matar uns elefantezinhos enquanto o tempo passa.

Fala sério...

E o homem é presidente de honra  da WFF, uma das maiores organizações do mundo na defesa do meio ambiente. Acho que a máscara caiu. Quem mata elefante não pode ser chamado de defensor do meio ambiente.

Mas, também, dá pra entender. O reino do homem é aquele que adora tourada, aquela matança covarde e idiota, onde se arma um espetáculo horrendo para que um bando de marmanjos aplauda um babaca que enfia a espada no pescoçode um touro maravilhoso, encurralado e ferido de todos os modos possíveis e imagináveis pela cabeça dos trogloditas que habitam o reino.

Para quem assiste tourada toda semana, o que significa matar uns elefantezinhos no devastado continente africano?

Não é todo o dia que um rei vai a África, não é mesmo?

Como diria o nosso querido e inesquecível Tim Maia: agora vale tudo, até rei ambientalista descarregar o fuzil nos belos e indefesos animais africanos.

Arre égua, é duro de aguentar!


Valeu!

Abraço!

Rony Lins