O Deus da carnificina

No feriado de 12 de outubro, dia da criança, tiroteio num shopping da zona norte do Rio de Janeiro (RJ). Um homem acabou baleado e uma mulher ferida em um dos dedos.

E tudo começou, acreditem, porque duas crianças não se entenderam sobre a ordem de entrada em um determinado brinquedo do playground, as mães ingressaram na dança e na discussão, serenidade e civilizade zero, acabando com os dois maridos se engalfinhando e um dos dois, policial militar, sacando um revólver e atirando.

 São inacreditáveis o acontecimento e o motivo do pugilato misturado com tiroteio, num bang bang de péssima qualidade, filmado no dia das crianças e com as próprias na plateia, correndo risco de vida.

O teatro e o cinema, mostrando que a vida imita a arte, já haviam transportado para o palco e a tela, Yasmina Reza e Roman Polansky, respectivamente, com o título O DEUS DA CARNIFICINA, um entrevero desse tipo, começando com as ciranças e acabando no envolvimento dos pais, que, nas artes citadas, não chegam aos tiros.

A realidade, hoje em dia, é muito pior, e faz coisas que o cinema e o teatro ainda estão longe de imaginar. O Deus da carnificina esqueceu que 12 de outubro é dia da criança. Como diz D. Doroteia, Gabriela, Cravo e Canela, "Jesus, Maria, José."

Valeu!

Abraço!

Rony Lins