Sabe quando?

Domingo de sol à pino. Praia das boas. Aproveito pra relaxar um  pouco. Logo na minha frente uma mãe põe o mundo abaixo com a filhinha de um ano e pouco por causa de alguma traquinagem sem consequências maiores. Os palavrões saem aos borbotões e num tom alto, desproporcional, descabido, show de horrores. A menininha parece petrificada e olha sem  entender direito o conteúdo das palavras, captando, talvez, pelo som, que cometeu um crime bárbaro.

É inacreditável. Ouvir uma mãe corrigir daquela forma uma bobagem imensa que sua filha não fez.

Volta a pergunta de sempre:  sabe quando? É, é isso  mesmo que você está pensando.  Sabe quando este País melhora, se educa e deixa pra geração seguinte um mundo melhor?

Nem a tataraneta da doutora Dilma vai ter essa chance. Não tem jeito.

Pensei em meter o bedelho, sei lá, falar qualquer coisa sobre  educação correta.

Fiquei em silêncio, e essa passividade é outro aspecto que precisa de muita melhora.

Ainda que o preço seja uma vaia, areia à beça no lombo, e, quem sabe, uns pescoções dos malinhas que estavam em volta enchendo a cuca de cerveja.

Há quem diga o contrário: o assunto é pendência familiar interna e nem o Estado deve meter a colher.

Como o tempo não dirá nada, fico com a primeira opção. É conversando que a gente se entende. Mas conversando com educação, como gente civilizada.

Abraço!

Valeu!

Rony Lins