Horror na telinha...

Na última segunda-feira a Rede TV, prosseguindo na sua busca incansável pela má qualidade da programação oferecida aos incautos que insistem em sintonizá-la, levou ao ar, pela enésima vez, o programa Super PoP( agora tem o Dr. Ray rodeado de boazudas rebolando, estetoscópio pendurado no pescoço berrando que ali tem medicina, ali tem medicina ali tem...).

Nele, no Super Pop, a título de debate esclarecedor e instrutivo, com  entrevistadores anêmicos convocados para jogar sal no café, são ofertados temas variados, que passeiam numa escala contida entre o mau gosto  e o horrendo.

A televisão brasileira não merecia isso.

Na última segunda-feira, num tema considerado super pop para o Brasil perder seu tempo e discutir, a misteriosa  e longilínea apresentadora Luciana Gimenez trouxe um casal acompanhado por um boneco de plástico de tamanho normal de um homem, e a mulher discorreu, então, sobre o uso sexual do boneco, com a autorização do marido, e das famílias de ambos. O marido chegou a explicar  o porquê da sua ausência de ciúmes, tendo ao seu lado, na mesma cama, um homem de plástico.

E a apresentadora fazendo perguntas inacreditáveis sobre o tema...

Se estava tudo combinado, tudo bem, tem gente que topa qualquer coisa por uma graninha honesta,não está roubando, as contas chegam no fim do mês.

Agora, a dúvida é cruel e por isso a apresentadora é misteriosa. Serã que ela achou mesmo super pop um tema desses? Ou achou que o seu público gosta é disso mesmo e o negócio é faturar  audiência? Chacrinha não perguntava se o público queria bacalhau? Por que Gimenez não pode perguntar se o povo quer boneco de plástico para obter alívio em suas agruras?

É claro que pode. Dane-se o resto porque eu não me chamo Ernesto.

Em casa eu tomo champagne. Na rua eu faço uma média com pão e manteiga.

Agora já sei o remédio. Quando bater a solidão não preciso nem de boneco de plástico. É só ligar no Super PoP..


Abraço!

Valeu!

Rony Lins