Carlinhos Water Falls

Nem a revistona  inglesa  THE ECONOMIST, a maior do mundo quando se fala de economia em geral, escapou dos respingos provocados pela cachoeira do bicheiro Carlinhos.

Atraída pelo furdunço que agita o País no momento, quando um bicheiro da segunda divisão do bicheirol brasileiro( nem escola de samba ele tem), balança as colunas e estruturas da política nacional, levando de roldão na queda d' água insuspeitos defensores da moral e da retidão do cidadão brasileiro, a revista publica na sua edição on-line desta semana uma pequena história do jogo do bicho, e sapeca no final a sua análise para a longevidade inacreditável desse tipo de aposta  no País.

Depois de dizer que tudo começou com o Barão de Drumond, em 1888, que abriu um zoológico e imprimia nos ingressos a figura de bichos variados, sendo que ao final do dia levantava uma bandeira no zoológico com a figura de um deles, e o portador daquele ingresso ganhava um prêmio de vinte vezes  o valor do ingresso pago.

E por aí a coisa foi,  escapou ao controle do Barão e até hoje prospera firme, inabalável, inamovível como uma rocha de milhões de toneladas.

Segundo a THE ECONOMIST, por volta de 1950 , os bicheiros passaram a ajudar as escolas de samba e angariaram um prestígio que lhes servia de biombo contra as investidas policiais.

Então, segundo a revista, a longevidade do jogo do bicho se explica pela ligação da ilegalidade com o carnaval. É que cada investida das autoridades era vista como uma ameaça ao carnaval e, por esse motivo, dava-se um jeito, divino e providencial, de abortar  a fiscalização contra o jogo, para que a maior festa popular do Brasil não corresse perigo.

Donde se conclui, pelo que diz a revistona inglesa, que  o grande erro do bicheiro Carlinhos Cachoeira foi não ser patrono de uma grande escola de samba, ou então, ser o grande incentivador  do carnaval de Goiânia. Se a festa por lá corresse perigo talvez ele não estivesse no meio desse melado todo.

Abraço!

Valeu!

Rony Lins