No Paquistão dor de cotovelo é mais embaixo...

Um médico paquistanês foi acusado de ajudar a CIA a localizar Osama Bin Laden em maio do ano passado, e por isso mesmo foi sentenciado a 33 anos de prisão, acusado de traição, segundo canais de Tv e um funcionário do governo local.

Shakil Afridi foi acusado de promover uma falsa campanha de vacinação que teria ajudado a agência americana de inteligência a localizar Bin Laden em Abbottabad, onde ele foi morto por forças especiais dos EUA. Os americanos negam peremptoriamente qualquer contato com o médico citado.

Parece caso de bode expiatório para dor aguda de cotovelo. Se os militares paquistaneses estivessem a par da operação e com ela concordassem não haveria traição alguma no episódio, muito menos condenação com pena privativa de liberdade. Como foram os últimos a saber, tipo marido traído, os donos do regime  pegaram um pobre coitado e o acusaram de traição, tipo colaborar com a invasão de tropas inimigas no território do País.

Ao mesmo tempo em que choram o sucesso da operação americana, os paquistaneses não recusam os milhões de dólares americanos que jorram sobre o País todos os meses, a título de ajuda contra o terrorismo.

Pode ser jogo de cena para esconder a incompetência dos militares no controle sobre o próprio território, já que não localizaram Bin Laden bem ali ao lado deles, vivendo numa boa, com  3 mulheres, eu disse 3, e tomando banho de sol todo dia.

Ou, o que é mais provável, sabiam do endereço de Bin Laden e armaram esse teatro de horror, condenando um médico a 33 anos de cadeia, para reforçarem a tese de que foram vítimas de um enredo que não conheciam, de uma peça para a qual não foram convidados e que , por isso mesmo, teriam prendem o bilheteiro do teatro  porque foram deixados de fora.


Valeu!

Abraço!

Rony Lins